Sem recortes
photo by google
nesta louca incerteza de não saber quem sou,
sento-me na viela, entre a ferrugem do tempo
e a inócua razão da velha bebedeira,
com meias rotas de horas inacabadas
e um fumo de pó que me entra no braço inerte,
esperando o que me falta, sem saber ao certo o que é.
recorto janelas e paredes, armários e vendavais,
na vã esperança de encontrar o destino,
coisa muita sem relógio de balanço,
que se partiu na despedida, sem me olhar ou me ver.
sem forças para andar, para pensar ou morrer,
envolta no arame farpado dos moribundos,
fico por aqui parada, na lacuna do opaco,
amassando palavras num indiferente incondicional,
sem prantos, sem dores, sem lamentos.
eduarda
Do desânimo que paralisa.
ResponderEliminarA disforia percorre o poema "amassando palavras" sem deixar que elas respirem por si.
Um beijo
Tuas palavras sempre vem de encontro a minha pessoa.
ResponderEliminarFico feliz por ter aparecido seja sempre bem vinda.
bjs
ResponderEliminarthx
كشف تسربات المياة
غسيل خزانات
شركة نظافة عامة