Ventos negros
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hoje esqueci-me quem sou...o que fui, por onde andei.
perdi-me na obscuridade dos desencontros,
quando quis lançar-me do alto...
para sentir a vaga morna que me abrigasse,
de um qualquer sistema suicidário.
bati na porta errante...
dormi na falésia desabrida dos uivos dos lobos...
comi todas as areias viajantes...
sentei-me no trono que me rasgou a alma,
num obsceno gesto que me cortou as veias.
tornei-me hoje na romeira intemporal, vestida de ventos negros
sem gritos ou dores...as penas viajaram para o último túmulo
onde me resguardei e onde permaneço.
eduarda
Olá, Eduarda!
ResponderEliminarUm poema em forma de desabafo com muito sentir que, por sinal, rima com poesia.
bjs
Há dias assim, em que um grito atravessa a garganta e arrisca o voo, até ao infinito.
ResponderEliminarUm beijo
ressurges sempre intensa..
ResponderEliminarbeijos Eduarda e boa semana!
Um belíssimo poema, gostei.
ResponderEliminarEscreves tão poucas vezes...
Um beijo, Eduarda.