A minha Rua


as casas na rua onde vivo, têm portas
e janelas não são  grandes.as paredes, essas ao pintadas
de cores bem singelas, deixando sobressair, os vidros, e as floreiras.

a rua onde vivo, tem o chão todo limpo,,
e tem plantas na rua e olhares que espreitam o postigo.
há gatos e há cães, há tabernas e bebedeiras,
há o fado e a guitarra,
andorinhas a voarem em bando,
e o sr. cura a dizer a missa.

era tão linda a minha cidade,
tinha ruas com gente,
tinha varinas à janela, a discutirem o pão da vizinha
mais a sardinha e o pregão.
tinha o marido, peixeiro, sempre bêbado do mar vinha
tinha bolas de papelão.
e tinha tanta criança a cantarem e a jogar
tinham amor de mãe, de pai, avós e irmão.

hoje vazia a minha rua, não me encontro
em parte alguma.

Eduarda
,
                                                       

Comentários

  1. Ainda bem que a reencontro, mas tive muito trabalho porque não tinha o seu link e o seu perfil não está disponível (acho que deve alterar...).
    Li os seus últimos poemas e gostei muito. Mesmo muito. O seu talento para a poesia é inegável e, por isso, devia publicar com maior regularidade.
    Eduarda, tenha um bom fim de semana.
    Beijo de saudade...

    ResponderEliminar

Enviar um comentário

.